Você sabia que é possível tratar a próstata sem cirurgia? Nem todas as doenças da próstata podem ser tratadas dessa forma, mas dependendo do caso, a solução é mais tranquila do que pode parecer. Continue lendo o nosso blog e saiba mais sobre esse assunto!
Tratar a próstata sem cirurgia é possível para casos de doenças benignas que acometem a glândula. Estamos falando da hiperplasia prostática benigna e das prostatites. A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento da próstata que ocorre de acordo com o envelhecimento do homem. Já as prostatites são processos inflamatórios da glândula prostática (há quatro tipos).
Apesar disso, todo cuidado é pouco quando falamos de doenças da próstata, pois o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais acomete homens no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O médico urologista é o profissional indicado para detectar e diferenciar os quadros benignos de doenças da próstata e do câncer de próstata. Para tanto, é preciso o acompanhamento periódico com esse profissional.
Doenças benignas da próstata
Durante a realização de exames específicos e da conversa na consulta clínica com o urologista, podem ser detectadas doenças benignas da próstata, as quais poderão ser tratadas sem cirurgia, como as citadas no início deste texto.
A HPB, por exemplo, é uma doença onde a glândula da próstata aumenta conforme o homem está envelhecendo. Esse aumento pode causar dificuldade na hora de urinar e uma sensação de que precisam urinar mais vezes e com mais urgência.
Os tratamentos são variados e definidos pelo médico de acordo com as particularidades de cada caso, porém, o mais importante é ter a certeza de que o quadro não se trata de um câncer de próstata.
Quando detectada, a HPB pode ser tratada com medicamentos para relaxar os músculos da próstata e da bexiga ou para encolher a próstata, que vão auxiliar a diminuir os incômodos causados pela doença. Caso os medicamentos sejam ineficazes para o caso, o mais recomendado é a realização de uma cirurgia, que oferece maior alívio dos sintomas ao paciente.
A cirurgia para tratamento da HPB chama-se ressecção transuretral da próstata (RTUP). Nela, o médico passa um endoscópio através da uretra. Ligado a ele, há um instrumento cirúrgico usado para remover parte da próstata. Vale destacar que esse procedimento não envolve incisões na pele. Esse método costuma causar bastante receio em alguns homens, mas diferentemente da cirurgia convencional para câncer de próstata, praticamente não há risco de impotência sexual ou incontinência urinária. É seguro e eficaz, com baixíssimo índice de complicações, sem gerar sequelas ao paciente.
Câncer de próstata
O câncer de próstata é um tipo de câncer cujos sintomas se manifestam, na maioria dos casos, quando a situação já é grave, ou seja, quando o câncer já está em fase avançada. Por esse motivo, quando ainda sem gerar sintomas, quando detectado precocemente, o câncer de próstata possui 90% de chance de cura. Portanto, o melhor caminho é a prevenção, estando atento à sua saúde, consultando periodicamente com seu urologista após os 45 anos, observando os sinais do seu corpo e buscando um estilo de vida saudável no dia a dia. Se você possui casos desse tipo de câncer na família, o cuidado deve ser ainda maior.
Em sua fase inicial, o câncer de próstata não costuma causar sintomas. Porém, quando ocorrem, são semelhantes aos de doenças benignas da próstata, como hiperplasia benigna da próstata e prostatite: necessidade mais frequente de urinar, presença de sangue na urina, diminuição do jato de urina e dificuldade para urinar. Investigar os casos de maneira profunda é o que permite ao médico responsável chegar a um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para o paciente.
É na fase avançada que os sintomas do câncer de próstata começam a surgir, e eles já são considerados graves e preocupantes, como dores no quadril, coxas, costas, ombros ou outros ossos, disfunção erétil, infecção generalizada, fraqueza ou dormência nas pernas e pés e insuficiência renal. Se você se identifica com um ou mais sintomas citados neste texto, clique aqui para agendar agora mesmo uma consulta de emergência.
Detecção precoce
A detecção precoce pode ser feita de duas maneiras: através da análise do antígeno prostático específico (PSA) ou do exame de toque retal. No primeiro caso, o paciente precisa realizar uma coleta de amostra de sangue venoso, com cuidados essenciais a serem tomados dias antes dessa coleta, como não ter relações sexuais e ejaculações três dias antes. No segundo, com uso de lubrificante anestésico, o médico examina a próstata do paciente por via retal, exame que não demora mais do que poucos segundos. Apesar de ser tratado como um tabu entre os homens, ele é essencial para detectar a doença a tempo de um tratamento eficaz.
Os exames de PSA, ultrassonografia e ressonância multiparamétrica da próstata, em conjunto com o exame clínico, toque retal e dosagem de PSA no sangue venoso, além de detectarem as doenças prostáticas benignas e infecciosas, podem apontar para um caso de câncer de próstata. É por isso que, independentemente dos resultados, eles são imprescindíveis para não colocar em risco a sua saúde e para que seja possível, dependendo do quadro, tratar a próstata sem cirurgia.
Cirurgia robótica – A tecnologia em prol de nossos pacientes
A cirurgia robótica é uma alternativa para aqueles que desejam mais tecnologia e precisão nos procedimentos que precisam realizar. Diferente do que pensa a maioria, a cirurgia robótica não é feita pelo robô de forma independente, mas sim com o auxílio dele. Através de máquinas modernas, é o médico quem conduz todo o procedimento, podendo chegar a lugares mais profundos e de maneira mais precisa, já que os robôs são equipados com pequenas pinças que chegam aonde uma mão humana não chegaria.
Essa é uma ótima alternativa para a realização da cirurgia de próstata em casos de câncer na glândula, já que se observa maior preservação da função erétil e da continência urinária em cirurgias robóticas que nas convencionais. Essa cirurgia revolucionou o tratamento do câncer, diminuindo as tradicionais taxas de incontinência urinária antes em 10-15% para menos de 5%. Ainda, as taxas de impotência, antes em torno de 40-50%, hoje se encontram em % muito menor, trazendo benefício funcional expressivo aos pacientes, enquanto oferece a mesma chance de cura do tumor.
Próstata saudável: conte comigo
O sucesso do tratamento para o câncer de próstata está diretamente relacionado à detecção precoce dele, daí a importância de manter os exames em dia e consultar, ao menos uma vez por ano, o urologista, a partir dos 45 anos. O mesmo vale para as demais doenças, ainda que benignas: quando diagnosticadas e tratadas de maneira precoce, menores serão os incômodos sentidos pelo paciente e maiores as chances de a doença ser tratada, talvez até sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos.
Tratar a próstata sem cirurgia é possível, mas é imprescindível que o paciente faça um compromisso consigo mesmo e com a sua saúde, mantendo constância em suas idas ao urologista.
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