Episódio 002 – Quer preservar o seu rim? Aprenda os 5 equívocos mais comuns em uma cólica renal
A cólica renal é uma urgência na urologia e leva o paciente imediatamente ao pronto-atendimento devido à intensidade da dor.
- Apesar do tratamento com analgésicos no pronto-socorro ajudar no alívio da dor, muitos equívocos acabam sendo acometidos no atendimento de pacientes assim. Alguns inclusive que podem colocar o rim da pessoa em risco.
- Neste episódio, respondo a pergunta muito interessante de uma paciente nossa, a Simone, e aproveito para narrar esses 5 equívocos comuns, a fim de instruir o público a evitar tais situações. De forma resumida, são eles:
- Porque acontece a cólica renal? Ela ocorre quando há obstrução pelos cálculos na via da urina, levando a uma dilatação do sistema, e não pela inflamação ou atrito do cálculo em si como muitos pensam. É importante saber isso para entender o diagnóstico e o tratamento.
- Qual o exame de escolha na investigação da cólica renal? O melhor exame para identificar o tamanho e localização do possível cálculo é a tomografia de abdome e pelve sem contraste (na maioria dos casos). Não é a ultrassonografia. Cuidado com métodos de imagem inadequados. Nem sempre há tomografia no local de atendimento da cólica renal.
- Cálculo migrando no ureter ou infecção urinária? Não confundam, quando o cálculo migra e desce com atrito no ureter há saída de pequena quantidade de eritrócitos (sangue) e leucócitos (células de defesa) no exame de urina tipo I. Muitas vezes essa presença de leucócitos na urina leva o médico plantonista a achar que o doente tem uma infecção urinária, quando na verdade é um cálculo descendo. Uma regra simples de usar é: quando eritrócitos >>> leucócitos na urina, provavelmente trata-se de um cálculo migrando; quando leucócitos >>> eritrócitos na urina, provavelmente é uma infecção urinária. Isso muda todo o tratamento!
- Você participa da escolha de seu tratamento? Sim, todo paciente deve ter voz ativa no momento da decisão do que se fazer frente ao cálculo ureteral. Claro que a decisão será baseada caso a caso de acordo com todo o quadro clínico. Discuta prós e contras de cada opção com o médico urologista de plantão.
- Se eu optar por tratamento clínico com terapia expulsiva, preciso voltar ao urologista? Sim, claro! Apesar de óbvia, nem sempre é o que vemos no dia a dia. Quem recebe terapia expulsiva deve realizar um exame de controle em até 4 a 6 semanas para saber se o cálculo saiu. Do contrário, mesmo que sem dor, o cálculo pode continuar lá e acabar machucando seu rim.
- Espero que tenham gostado do episódio, no Podcast está bem completo. Se gostou, compartilhe nas redes sociais e não esqueça de deixar seu comentário e nota nas plataformas de Podcast. Isso ajuda a disseminar o conhecimento.
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Boa noite Eu tenho cálculos nos dois rins ,a dois anos atras tive duas cólicas seguidas em menos de um ano fui parar em um pronto socorro ,sempre pedem ultra-sonografia a última meus ruins tinha um agrupamento de pedras consegui eliminar duas a dor é insuportável hj elas estão quietinhas mas confesso que tenho medo delas se manifestarem.
Ideal sempre na avaliação de urgência é a tomografia de abdome e pelve sem contraste
É o que sugiro que você faça e se consulte com um urologista de confiança.
Obrigado
Giovanni Marchini