Episódio 21. Incontinência urinária feminina: da causa ao tratamento
Impacto físico e social
A incontinência urinária feminina é uma condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social. Milhões de mulheres no Brasil e em todo o mundo sofrem deste problema.
Independentemente do tipo de incontinência (que veremos mais à frente), ela traz um grande impacto negativo para a vida das mulheres. Essa é uma situação complexa, pois significa conviver com um problema constrangedor que interfere com sua autoestima (muitas vezes levando a depressão e isolamento social), além de influir na relação com o parceiro. Quem convive ou já passou por isso, sabe do que estou falando. Se é normal? Nâo!
Quais os Tipos de Incontinência Urinária Feminina?
Existem 3 principais tipos de incontinência:
1) Incontinência Urinária de Esforço, quando ocorre perda de urina durante algum esforço como tosse, espirro ou exercícios físicos; entretanto, em casos mais graves, o simples ato de caminhar, ou mesmo em repouso aos mínimos movimentos, como se levantar, pode haver escape de urina. É a chamada incontinência urinária de esforço, decorrente de um enfraquecimento dos ligamentos e músculos do períneo, com hipermobilidade do canal da urina, a uretra. O principal fator de risco é a gravidez, além de partos normais. Mas atenção, ocorre mesmo em mulheres que nunca ficaram grávidas.
2) Incontinência Urinária de Urgência, caracterizada pela perda de urina acompanhada por forte sensação de urgência para urinar; pode ter várias causas, como doenças neurológicas, traumas, ser idiopática, medicamentosa, ou pela ingesta de substâncias como o café.
3) Incontinência Urinária Mista, quando há queixa de perda de urina associada à urgência e também a esforços;
Causas da Incontinência Urinária Feminina
Uma vez que a incontinência urinária é um sintoma, é importante informar ao médico quando ocorre. Em mulheres, as causas mais comuns são:⠀
➡️Infecções urinárias ou vaginais;⠀
➡️Efeitos colaterais de medicamentos;⠀
➡️Constipação intestinal;⠀
➡️Fraqueza de músculos da pelve;⠀
➡️Alteração no funcionamento do músculo da bexiga; ⠀
➡️Doenças que afetam os nervos ou músculos.⠀
Não confunda incontinência urinária feminina com prolapso / bexiga baixa
A bexiga baixa, condição também conhecida como cistocele, ou prolapso genital da bexiga, pode afetar públicos diversos – mas é mais comum em mulheres com idade superior a 40 anos.
Os prolapsos geralmente ocorrem quando a musculatura do assoalho pélvico está enfraquecida e órgãos como a uretra, bexiga, intestino, útero e reto perdem a sustentação necessária. E acabam cedendo pela vagina
Este enfraquecimento, por sua vez, pode ser motivado por obesidade, múltiplas gestações, doenças nos músculos, envelhecimento natural, alterações nos hormônios ou até mesmo predisposição genética.
Para tratar essa patologia é preciso adotar mudanças no estilo de vida, como perda de peso, não fumar, fisioterapia e exercícios pélvicos.
Nos casos mais graves e refratários, é preciso recorrer a procedimentos cirúrgicos, por via vacinal ou videolaparoscopia.
Diagnóstico
Quadro clínico
Exame físico
USG
Exames de urina
Exame urodinâmico
Tratamento
As alternativas de tratamento são variadas e baseiam-se na causa da incontinência urinária feminina e na gravidade do problema, levando-se sempre em consideração a preferência do paciente e a opinião médica.
Geralmente são favorecidas as medidas mais simples e com menos chances de efeitos colaterais. Incluem mudanças comportamentais e de estilo de vida como evitar excesso de líquidos, realizar micções periódicas, tratar obstipação e outros problemas clínicos como diabetes e obesidade. Também pode incluir a fisioterapia para o assoalho pélvico e bexiga.
Existem também medicamentos com ótima eficácia. Tudo depende da causa da incontinência urinária e da avaliação de seu médico. Diferentemente do tratamento com medicamento do outro tipo de incontinência que chamamos de urgência, o tratamento da incontinência urinária de esforço implica em fisioterapia e cirurgia. O famoso “sling”. Muda a vida da mulher, e tem baixíssimos riscos, sendo um procedimento muito pouco invasivo. Se você sofre com isso, procure um Urologista.⠀
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Excelente! Muito instrutivo e didático.
Sou fisioterapeuta e parabenizo a inciativa.
Eu que agradeço o comentário e apoio Sérgio.
Grande abraço!