Problemas de Ereção: Principais Causas e Tratamentos
Existe uma condição que afeta muitos homens, e que é bem mais comum do que imaginamos. Você sabia que a disfunção erétil acomete cerca de metade dos homens acima de 40 anos?
A disfunção erétil é a incapacidade de o homem conseguir obter e manter uma ereção, em, pelo menos, 50% das tentativas durante a relação sexual.
O conceito é amplo e pode ocorrer por uma dificuldade ou falha no funcionamento de uma ou mais estruturas envolvidas.
Quais as causas de disfunção erétil?
Problemas cardiovasculares, metabólicos, neurológicos, hormonais, cirurgias ou uso de certos medicamentos ou substâncias podem estar por trás do problema.
Além disso, a ansiedade e o medo de falhar também. Nesse caso, fatores psicológicos têm uma consequência física: os picos de adrenalina levam à contração das estruturas que deveriam estar relaxadas para a válvula que mantém a ereção funcionar
Quais os fatores de risco para ter disfunção erétil?
-Idade: quanto maior a idade, maior a propensão à disfunção erétil;
-Problemas emocionais: depressão, ansiedade, medo de desapontar a(o) parceira(o), problemas de relacionamento e estresse têm reflexo direto no desempenho sexual;
-Abuso de álcool: a embriaguez pode gerar uma inibição tão grande que a ereção não se sustenta. Além disso, a desidratação resultante do consumo excessivo também pode atrapalhar a circulação no pênis;
-Drogas ilícitas: embora no início a sensação seja de melhora, com o tempo ou o abuso, substâncias como cocaína, maconha e drogas sintéticas tendem a prejudicar a ereção e a libido por seus efeitos no cérebro e nos vasos;
-Anabolizantes: o uso de esteróides em altas quantidades ou por longos períodos interfere na produção natural de testosterona;
-Medicamentos: alguns remédios podem ter problemas de ereção como efeito colateral. É o caso de certos tipos de anti-hipertensivos, antipsicóticos, ansiolíticos e antidepressivos, entre outros;
-Cirurgias: procedimentos como cirurgias para retirada da próstata, bem como a radioterapia pélvica, podem resultar em lesões nos nervos. Os riscos são variáveis, e muitas vezes o problema é apenas temporário;
-Problemas hormonais: o diabetes pode afetar a ereção por alterar o funcionamento de artérias e nervos; níveis baixos de testosterona (hipogonadismo), hiperprolactinemia e distúrbios da tireoide também podem interferir negativamente, e devem ser tratados;
-Problemas neurológicos: qualquer doença que afete o cérebro (como Alzheimer e Parkinson), a medula ou os nervos periféricos pode afetar a função erétil;
-Tabagismo: as substâncias do cigarro prejudicam as artérias e a circulação sanguínea;
-Pressão alta, sedentarismo, obesidade e colesterol alto: os mesmos fatores de risco para aterosclerose e doenças cardiovasculares são uma ameaça às ereções, já que gera prejuízos à circulação.
Quais os tratamentos para disfunção erétil?
O acompanhamento médico é indispensável para a investigação, diagnóstico e discussão sobre as opções mais indicadas para cada caso.
As principais formas de tratamento são as seguintes:
– Inibidores da fosfodiesterase 5 (ou PDE5): a sildenafila (Viagra) foi o primeiro medicamento dessa classe a ser lançado, mas existem outros, como a tadalafila (Cialis) e a vardenafila (Levitra). Alguns facilitam a ereção por períodos de cerca de quatro horas, enquanto outros podem durar até 36 horas. São contraindicados para homens com dores no peito durante esforço físico e usuários de remédios para o coração à base de nitratos, pois a interação medicamentosa pode provocar queda brusca de pressão arterial. Os medicamentos são a primeira linha de tratamento na maioria dos casos, principalmente nos de origem vascular da disfunção erétil
-Injeções penianas: se o paciente não responde às pílulas ou não podem utilizá-las, o tratamento de segunda linha é com drogas injetadas pela própria pessoa nos corpos cavernosos do pênis antes do sexo. São utilizadas substâncias como a fentolamina, a papaverina e/ou a prostaglandina. A agulha é finíssima e o procedimento praticamente indolor.
-Bombas de vácuo: são aparelhos que promovem a sucção do pênis e aumentam a circulação de sangue temporariamente. Junto com as injeções, são considerados como de segunda linha, após as medicações via oral. Hoje, seu uso tem sido mais indicado no processo de reabilitação de pacientes submetidos à cirurgia para câncer de próstata.
-Implantes: se tudo falhar, é sinal de que houve comprometimento definitivo das estruturas que promovem a ereção. Nesse caso, os implantes penianos (próteses) são a melhor opção. Existem diversas opções disponíveis de próteses penianas (maleáveis ou semirrígidas, infláveis ou hidráulicas), que são implantadas na câmara erétil do pênis para dar a sustentação necessária para o sexo sem interferir na sensibilidade e capacidade de orgasmo. Se essa for a melhor opção de tratamento, sendo considerada a terceira linha, discute-se com o paciente os prós e contras de cada tipo de prótese peniana.
-Terapia psicológica: nos casos em que a disfunção erétil é psicogênica ou mista, a terapia com psicólogo ou psiquiatra especializado em sexualidade é a principal forma de tratamento. O seguimento com o psicólogo em conjunto com o urologista, aliando estratégias de terapia com medicamentos numa fase inicial, aumentam as chances de sucesso.
-Mudanças no estilo de vida: prática de atividade física regular, perda de peso, interrupção do uso de tabaco e drogas ilícitas, bem como moderação no uso de álcool, são medidas que têm impacto positivo na função erétil e devem ser sempre estimuladas. Em alguns casos, apenas esse tipo de mudança é suficiente para resolver o problema.
-Tratamento hormonal: indicado apenas nos casos em que a disfunção é causada por alterações na produção de hormônios. Minoria dos casos.
-Mudança de medicamentos: nos casos em que o problema é causado por medicamentos de uso contínuo, as substituições, quando possíveis, podem resolver o problema.
Qual o melhor remédio para disfunção erétil?
O tratamento é individual, variado e depende de orientação médica. Converse com o seu urologista sobre o seu caso. Saber a causa, discutir uma mudança do estilo de vida, e buscar a melhor opção terapêutica deve ser individualizado.
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Dr. Giovanni Marchini – CRM-SP 124.952
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